Hoje, sexta-feira 13, é um dos meus dias favoritos do ano. Adoro essa vibe do terror se expandindo em várias direções e sendo o foco de boa parte da cultura pop. Temos filmes sendo exibidos, músicas cantadas e tudo isso com aquela sensação de suspense no ar. Durante sexta-feira 13 e no Halloween, ser estranho e abraçar o horror se torna cool, mainstream.
É o dia dos freaks e rejeitados.
É o nosso dia.
Por que o número 13?
Há um grande hype ao redor dessa data, o que leva a gente a se perguntar por que uma sexta-feira 13 e não uma sexta-feira 12?
Envolto em mistérios e misticismo, o 13 tem uma longa e antiga associação com eventos ligados ao azar. Para alguns cristãos, 13 pessoas na mesa durante a Última Ceia, é um sinal de mau-agouro. Para os romanos, o 13 quebrava a ideia de perfeição que o 12 trazia (12 signos solares, 12 deuses no panteão). No tarô, 13 é o arcano maior representado pela Morte (junto com a do Diabo, as duas cartas mais mal interpretadas). Ainda mais antigo, o 13 sempre foi um número muito associado à bruxaria pela sua correlação com os 13 ciclos da lua durante o ano. Não é de se espantar que o cristianismo tenha tentado associar esse número com algo nefasto, já que tem um pavor de tudo que representa o poder feminino em oposição à sua doutrina patriarcal.
Mas a sexta-feira 13 só se popularizou mesmo na cultura de massas com a franquia estrelando Jason Voorhees matando geral durante essa data específica.
Um dia para os amantes do terror
É claro que esse dia logo passou a ser apreciado para as pessoas que gostam do melhor gênero de todos (ok, sei que sou parcial). Filmes de terror no cinema, sessões-pipoca creepy durante a noite, rock com alguns guturais ou melodias sinistras, tudo isso faz parte do inconsciente coletivo associado a essa data.
Cada pessoa tem o seu ritual para passar esse dia. Eu gosto de assistir um filme e, graças aos deuses do horror, temos uma opção maravilhosa no cinema esse ano. Hoje vou assistir Beetlejuice Beetlejuice a continuação de um clássico do final da década de 80 (milennials, vencemos muito) e tô mega empolgado para ver como será a combinação de Jenna Ortega com Winona Ryder, duas mega atrizes.
Mas meu dia já amanheceu na vibe assustadora desde que abri os olhos e me lembrei do pesadelo que tive na última noite. Eu estava em um lugar rural com meus irmãos. Nós visitávamos um cemitério de animais (alô, King!). Lembro da sensação estranha no ar quando olhamos para o lugar onde os pets estavam enterrados e percebemos que as cruzes de madeira tinham sumido de novo. Era a terceira ou quarta vez que chegávamos lá e notávamos que elas tinham desaparecido durante a madrugada. De alguma forma, a gente sabia que aquilo não era obra de alguém, mas sim de algo.
Fala sério, tem uma maneira melhor de começar uma sexta-feira 13? E de quebra o pesadelo ainda pintou uma cena nítida na minha memória que certamente vou usar em alguma história.
Uma pequena lista de recomendações para quem quer aproveitar esse dia da melhor maneira possível.
Livros
Não há luz sobre o abismo (Rafael Isidoro)
Exorcismos, amores e uma dose de blues (Eric Novello)
Crônicas vampirescas (Anne Rice)
O iluminado ou Cemitério dos bichos (King)
Assombração da casa da colina (Shirley Jackson)
Os clássicos ( O exorcista, O bebê de Rosemary, Drácula)
Filmes
Pânico
Sexta-feira 13
The rocky horror picture show
Invocação do mal
REC
A bruxa
Midsommar (reizinho maravilhoso sem defeitos)
Os outros
O orfanato
Além dos filmes adaptados dos livros que citei acima.
Desejo muitos arrepios na espinha para você nessa sexta-feira 13 👻😈
Eu escrevi essa newsletter ouvindo minha playlist de Halloween.